Todos pela Natureza!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Uma mãe como nenhuma outra


Ela nunca teve filhotes dela própria, mas essa  doce  fêmea da espécie Labrador tem sido uma mãe para uma impressionante variedade de animais diferentes.

Lisha with white tiger cubs 

  • Você é minha mãe:?  Lisha cerca de cuidados  dois filhotes de tigre abandonado. 

Lisha é uma Labrador mundialmente famosa por suas habilidades maternais, embora ela nunca tivesse seus próprios filhotes. O cão, que vive no Rancho Cango Wildlife de Oudtshoorn na África do Sul, e já desempenhou mãe de aluguel para mais de 30animais, incluindo filhotes de chita e de tigre, porcos selvagens, um porco-espinho, um hipopótamo pigmeu, uma doninha e uma coruja de celeiro.

Rob Hall, diretor do refúgio de vida selvagem, diz que Lisha domestica os animais selvagens e serve como uma ponte entre eles e os seres humanos. "Eles se adaptam mais facilmente a ela, e quando vêem que ela confia em nós, eles estão mais à vontade ao nosso redor", disse ele.

Hall e sua esposa, Nadine, disse que percebeu desde cedo que, independentemente se Lisha encontrou um gatinho ou um hipopótamo bebê, ela tratou todos a mesma maneira - como uma criança que precisava de uma mãe. "Ela só fazia andar para cima e lamber a criatura que estava cuidando. Embora no caso de o porco-espinho, era mais divertido", Rob Hall disse ao Daily Mail.

Confira algumas outras fotos de Lisha e seus muitos "filhos":



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

"ENTRE RIOS" - a urbanização de São Paulo

O vídeo de excelente concepção, explica às gerações de tempos vividos a influência do ser humano implícita nas diretrizes do progresso urbano e suas consequências, e retrata com bastante veemência os fatos explícitos na vida como ingrediente de um ecossistema na sua falência e ou prosperidade às futuras gerações. 



Uma das informações mais interessantes do trabalho é a de que São Paulo teve planos progressistas no início de sua expansão desenfreada, ao contrário do que tendemos a acreditar. Houve um embate de ideias na Escola Politécnica na década de 20 sobre como lidar com os cursos d'água na cidade. De um lado, Prestes Maia, que se tornaria prefeito na década seguinte, defendia seu Plano de Avenidas, um ambicioso plano de obras rodoviárias inspirado nas cidades europeias. De outro, estava o célebre sanitarista Saturnino de Brito, autor do projeto dos canais de Santos. Ele defendia a recuperação das várzeas dos rios, que já haviam sido loteadas e vendidas, e a criação de parques e bosques nessas áreas.

O discurso mais atraente para investidores era, sem dúvida, o de Prestes Maia, que criava novas fronteiras de desenvolvimento na cidade e fomentava o aparecimento de áreas nobres em volta das obras. São Paulo tencionava ser a Chicago brasileira. Quando foi indicado como prefeito, em 1938, Prestes Maia colocou seu plano em prática, enterrando os rios do centro.

O documentário é uma aula para quem quer entender as bases do desenvolvimento urbano da capital paulista.

domingo, 11 de dezembro de 2011

WWF-Brasil: veta, Dilma!


Mande um parágrafo SUA Mensagem Dilma Presidente.

Na última terça (6) o Senado aprovou, por 59 votos a 8, alterações para o Código Florestal Brasileiro que anistiam crimes ambientais ocorridos até julho de 2008 e flexibilizam as definições de áreas de preservação permanente e de reserva legal. Os resultados podem ser mais perdas de biodiversidade e aumento significativo das emissões de gases de efeito estufa. Ou seja, ao invés de promover o desenvolvimento sustentável da agropecuária nacional, o Congresso pode jogar o Brasil na contramão da história. Agora, o projeto passará por nova votação na Câmara antes de ser encaminhado à sanção da presidente Dilma Rousseff, que poderá vetar integral ou parcialmente a proposta.

15 anos de WWF-BrasilO WWF-Brasil, junto com outras entidades civis, criaram a campanhaFloresta faz a Diferença, para esclarecer a população sobre os possíveis impactos da proposta de novo Código Florestal. A campanha também realizou, em 29 de novembro, uma manifestação que reuniu milhares de pessoas no gramado do Congresso e na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), para entregar um abaixo-assinado com 1,5 milhão de assinaturas em favor de nossas florestas e mandar um recado claro a parlamentares e à presidente Dilma Rousseff: o Brasil é contra a anistia a desmatadores e à desobrigação de recuperar áreas de reserva legal e de preservação permanente, como as que protegem nascentes e topos de morros.

Agora é hora de cobrarmos da presidente Dilma Rousseff para que cumpra suas promessas de campanha e vete iniciativas que beneficiem o desmatamento ilegal e a impunidade e que promovam mais destruição das florestas brasileiras, em todas as regiões. 




Mudanças Climáticas

Dezembro 2011 

Acompanhe o 
WWF-Brasil:


WWF-Brasil 
SHIS EQ QL 6 / 8 
Conjunto E 
71620-430 
Brasília, DF 

Fotos © WWF ou utilizadas com permissão

Construindo um futuro em que as pessoas vivam em harmonia com a natureza.

COP 17: Protocolo de Kyoto é renovado e redução da emissão de gases, aceita



CBN - A rádio que toca notícia

COP 17: Protocolo de Kyoto é renovado e redução da emissão de gases, aceita - CBN


  • COP 17 aprova pacote para incluir todos os países em corte de emissões
  • Novo processo contra mudanças climáticas será elaborado até 2015.
  • Renovação do Protocolo de Kyoto também foi aprovada.


Mesmo mediante críticas de que está aquém do que a gravidade das mudanças climáticas exige, foi aprovado na madrugada deste domingo (11), em Durban, na África do Sul, um novo acordo para fazer com que todos os países, futuramente, reduzam suas emissões de gases estufa.

O pacto segue, em linhas gerais, as propostas apresentadas pela presidência sul-africana da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 17). A reunião, que deveria ter acabado na última sexta-feira (9), foi estendida após impasse. A maior novidade é que o texto aprovado prevê que todos os países deverão 
participar de um processo para, futuramente, reduzir o volume de carbono que atiram na atmosfera, inclusive os menos desenvolvidos.


Plenária final da conferência, na madrugada deste domingo

Mesmo Estados Unidos, Índia e China aceitaram subscrever um acordo que prevê a criação de um "protocolo, outro instrumento legal ou um resultado acordado com força legal" para combater as mudanças climáticas.

Até então, esses países relutavam em entrar num acordo que utilizasse o termo "legal", pois ele sugere que, em última instância, possa haver metas "legalmente vinculantes", ou seja, de cumprimento obrigatório mediante a comunidade internacional.

Os EUA têm a dificuldade de que têm de aprovar a questão em seu congresso, dominado pela oposição conservadora. A China, por sua vez, relutava em se comprometer sem que os EUA o fizessem. Já a Índia argumenta que tem mais de 400 milhões de pessoas vivendo em condição de pobreza, tornando mais urgente buscar desenvolvimento econômico do que tentar reduzir suas emissões de carbono.


Lacuna

O texto aprovado reconhece que há uma lacuna entre a redução de emissões proposta pelos países e os cortes necessários para conter o aquecimento médio do planeta em 2 graus acima da era pré-industrial, objetivo acordado na última cúpula climática, em Cancún, no final do ano passado.

Cita-se a formação de um grupo de trabalho para conduzir a criação desse instrumento, que deve ser concluída em 2015. A implementação deve acontecer a partir de 2020. O processo é denominado "Plataforma de Durban para Ação Aumentada".

Segundo o texto, ele deve levar em conta recomendações do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), ainda por ser lançado. Estima-se que as as avaliações científicas sobre as medidas para conter o aquecimento global devam ser mais severas.

Protocolo de Kyoto

Além do texto que prevê a criação de um novo instrumento internacional para que os países reduzam suas emissões de carbono, foi aprovado também um segundo período do Protocolo de Kyoto, único acordo legalmente vinculante de redução de gases causadores de efeito estufa atualmente em vigor e que expira em 2012. O novo período vai, pelo menos, até 2017.

O texto pretende "garantir" que até 2020 as reduções de emissões dos países envolvidos (basicamente os da União Europeia e a Austrália) sejam de, pelo menos, 25 a 40% em relação aos níveis de 1990. Como anexo, o acordo tem uma tabela com metas de redução para os países.

Fundo verde

Aprovou-se ainda, neste sábado, um texto que aprofunda o funcionamento do "fundo verde" climático. A Coreia do Sul, de acordo com o texto, ofereceu recursos para dar início a seu funcionamento.

Mas um outro artigo "convida" as partes a contribuírem para o fundo. Um dos temores na COP 17 era que se estabelecesse o funcionamento desse mecanismo, mas que ele virasse uma "casca vazia", sem dinheiro suficiente para ser efetivo. Esse risco, diante da pouca disponibilidade de contribuição mostrada pelas partes em Durban, é iminente.

Centro Tecnológico

Outros itens acordados na última conferência do clima, em Cancún, como a criação de um Centro de Tecnologia do Clima, foram aprovados. Definiu-se que ele deve ser estabelecido no próximo ano


Negociação

O acordo foi discutido durante duas semanas. A conferência terminaria nesta sexta-feira, mas impasses nas negociações fizeram com que demorasse um dia a mais. A aprovação veio na madrugada do sábado, ministros e delegados já exaustos, vários deles cochilando no plenário.

Boa parte das negociações aconteceram em "indabas", reuniões que a presidência sul-africana da conferência convocou nos moldes das tradicionais reuniões de anciãos zulus.

A metodologia sul-africana preza pela transparência para evitar que o processo se corroesse por haver conversas paralelas, deixando algumas partes de fora - o que prejudicou, por exemplo, a conferência do Clima de Copenhague, em 2009.

Mas, ao mesmo tempo, tornou o processo mais lento, o que causou críticas.

Fontes: G1, CBN

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Senado aprova o novo Código Florestal; anistia a desmatador é mantida


Após mais de seis horas de discussão, o Senado aprovou o projeto do novo Código Florestal por 59 votos a favor e sete contrários. A anistia a pequenos e grandes produtores foi mantida. Assim, proprietários de terra que desmataram até julho de 2008 não terão que pagar multa caso façam a recomposição da área degradada. Das 70 emendas ao texto-base, 26 foram acatadas. Como houve alterações no projeto, o texto retornará à Câmara para nova votação.

Ouvir

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mudanças no Código são aprovadas e texto segue para o Plenário com pedido de urgência




Substitutivo do senador Jorge Viana passa pela Comissão de Meio Ambiente e deve ser votado pela Casa na próxima semanapor
  • Participaram da sessão, o relator do projeto na CMA, senador Jorge Viana (PT-AC) e senador Luiz Henrique (PMDB-SC) / Foto: Geraldo Magela

A Comissão de Meio Ambiente do Senado concluiu a votação do novo Código Florestal Brasileiro. O texto-base do código foi aprovado na última quarta-feira (23/11) e os senadores terminaram nesta quinta-feira (24/11) de votar os 77 destaques, dos quais quatro foram incorporados no texto que seguirá para o Plenário do Senado. 

A expectativa agora é que o texto possa ser votado em última instância pelos senadores na próxima semana, seguindo para a Câmara dos Deputados logo depois. “É um texto muito bom para o meio ambiente, para o Brasil, e que vai dar a segurança que os produtores precisam para trabalhar dentro da lei”, declarou o relator, senador Jorge Viana (PT-AC) após a aprovação. 

O texto passou inicialmente pela Câmara dos Deputados e pelas comissões de Constituição e Justiça, de Agricultura e de Ciência e Tecnologia do Senado. Como recebeu alterações em relação ao projeto enviado pela Câmara, o novo código precisará voltar para análise dos deputados. Eles poderão rejeitar parte ou integralmente o que foi modificado no Senado, mas não poderão fazer novas alterações. O projeto terá ainda que ser sancionado pela presidenta Dilma Rousseff.

Globo Rural On-line

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Segundo estudo do Imazon, Brasil anda na contra-mão de China, Rússia e Índia na proteção de suas florestas




  • Brasil perde para outros Brics na hora de proteger suas florestas
  • Estudo mostra que, com novo Código Florestal, país está na contramão de China, Índia e Rússia, que investem em mais proteção
  • Segundo estudo do Imazon, Brasil está ficando para trás na proteção de suas florestas

O Brasil está atrás de China, Rússia e Índia no combate ao desmatamento e na recuperação da área florestal perdida. Esta é a conclusão de um estudo organizado pelo instituto brasileiro Imazon e o Proforest, ligado à Universidade de Oxford, que estudo comparou a situação em 11 países e mostra que nos quesitos preservação e reflorestamento o Brasil está perdendo a corrida com outros países dos Brics.

O estudo, divulgado no momento em que o Senado debate os termos do novo Código Florestal quanto ao tratamento de áreas verdes do país, compara a forma com que o Brasil e outros países lidam com o tema e analisa o que está sendo feito de suas florestas. 

Se colocados lado a lado, os dados mostram que, enquanto China, Índia e Rússia têm criado leis para proteger suas florestas e agem para recuperar o que já foi devastado, o Brasil segue na contra-mão, desmatando mais do que é reflorestado.


O levantamento, denominado "Um Resumo do Status das Florestas em Países Selecionados", verificou um padrão semelhante nos países analisados. Primeiro, passam por intenso processo de desmatamento, normalmente quando estão se desenvolvendo, para abrir espaço para a agricultura e explorar matérias-primas.

Em seguida, essa devastação é interrompida por fatores que vão da escassez dos produtos florestais à preocupação ambiental. Começa então uma curva ascendente, com políticas de proteção ambiental e reflorestamento.

Fundo do poço 
Para Adalberto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon e coordenador do levantamento no país, o Brasil está longe de acompanhar os outros Brics.

"Estamos atualmente no fundo do poço e um desses bem profundos, porque quando ainda é pobre, o país dilapida suas florestas, mas à medida que se torna emergente, começa a mostrar uma curva ascendente", disse Veríssimo à BBC Brasil. 


"Estamos atualmente no fundo do poço e desses bem profundos, porque quando ainda é pobre, o país dilapida suas florestas, mas à medida que se torna emergente, começa a mostrar uma curva ascendente. Mas o que vemos aqui não é nada disso. O Brasil já é emergente e continua caindo, já que perde mais 
florestas do que planta," explica Adalberto Veríssimo, pesquisador sênior do Imazon.

"Mas o que vemos aqui não é nada disso. O Brasil já é emergente e continua caindo, já que perde mais florestas do que planta", afirma o pesquisador, lembrando que se originalmente o país tinha 90% de seu território coberto por florestas, hoje essa proporção é de 56%.

O exemplo mais contundente talvez seja a China, que com um amplo programa oficial superou a fase de devastação intensa e já conseguiu recuperar suas florestas, apesar de ainda serem limitadas. Segundo dados da FAO, a cobertura florestal do país em 1950 não chegava nem a 10% do território, enquanto hoje ocupa 22%.

"O principal interesse chinês é impulsionar sua economia e criar uma reserva estratégica para o país, protegendo, por exemplo, áreas como as que têm recursos hídricos", afirma Veríssimo.


A legislação da China impede que florestas sejam suprimidas em prol de mineração ou projetos de infraestutura e só abre exceções mediante a autorização governamental e pagamento de taxa de restauração ambiental. 

Curva ascendente 
Já a Rússia, país com maior cobertura florestal do mundo, ampliou essa área em 15% em 60 anos e hoje tem quase metade de seu território coberto por florestas. O crescimento deve-se a uma melhoria na legislação, também resultado da menor dependência da área rural.

Segundo o estudo, a Índia também já começou avançar rumo ao reflorestamento, embora em um nível bem mais tímido, de 21% para 22%. Mas o pesquisador lembra que os entraves indianos são muitos mais duros do que os brasileiros, já que eles vivem em território muito menor que o nosso com uma população cerca de seis vezes maior.

O estudo do Imazon e da Proforest, que incluiu também países europeus e da América do Norte, deixa claro que para fazer progresso nessa trajetória de recuperação ambiental são precisos incentivos do governo.


Setores ruralistas rejeitam as conclusões do estudo pois acreditam que a falta de incentivo governamental no Brasil invalida as comparações. Eles alegam que o estudo põe lado a lado países que não são comparáveis, justamente por receberem benefícios em prol da conservação ambiental

"Esse estudo é uma interpretação parcial dos dados, porque mostra que países que, após devastarem quase toda a área verde que tinham, vêm replantando com recursos obtidos na forma de incentivos financeiros e indenizações para áreas que deixam de produzir alimentos", disse à BBC Brasil, Assuero Veronez, vice-presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária).

"E não podemos comparar isso com a nossa legislção, que apenas restringe o uso sem qualquer tipo de indenização ou compensação ao proprietário."


sábado, 19 de novembro de 2011

Associação Mico-leão-dourado, verdadeira história de sucesso para a fauna brasileira


Mico-Leão-Dourado com um filhote

No trabalho de formação de alunos e professores para preservação da espécie, a Entidade atua nos municípios de Silva Jardim e Rio Bonito, no estado do Rio de Janeiro

 Criada em 1992 com a missão de conservar a biodiversidade da Mata Atlântica, com ênfase na proteção do mico-leão-dourado em seu habitat natural, a Associação Mico-leão-dourado Dourado – AMLD – reúne pesquisadores, cientistas, técnicos, educadores, gestores públicos, conservacionistas e as comunidades locais que, num esforço conjunto, trabalham para compreender a biologia destes animais e a ecologia de seu habitat. Está presente nos municípios da área de ocorrência da espécie no Estado do Rio de Janeiro e trabalha com um programa de formação continuada que apresenta resultados efetivos na área da educação ambiental.

logo
O trabalho da Associação Mico-leão-dourado consiste em treinamento profissional (estágios e oportunidades), divulgação de informações, envolvimento do público, manejamento de espécies e habitat e, por fim, integrando outros projetos com um único objetivo.

Vencedor do Prêmio Ford 2010 na categoria Ciência e Formação de Recursos Humanos, a instituição não para de crescer e seus números são impressionantes, a equipe de Educação Ambiental da AMLD, no Programa Redescobrindo a Mata Atlântica: em três edições ele já envolveu mais de 50 professores e 1.500 estudantes dos municípios de Silva Jardim e Rio Bonito, que realizaram mais de 300 projetos em diversas disciplinas, incluindo a criação de materiais educativos e a promoção de seminários com a participação de 385 educadores da região.

Mico-Leão-Dourado 

“A premiação foi decorrente dos trabalhos que já fizemos com essas três turmas”, diz Nandia de Magalhães Xavier Menezes, coordenadora de Educação Ambiental. “Tivemos reconhecimento com a vitória do Prêmio Ford, da equipe de educação ambiental, os professores, as prefeituras e os demais parceiros, nos ajudaram na divulgação dessa conquista e, com isso, tivemos um maior número de inscrições para a quarta edição que já está sendo formada”, conclui a coordenadora. No último sábado, dia 29 de outubro, foi a finalização da quarta edição formando 22 professores do município de Silva Jardim – RJ.

O 3º Seminário de Educação Ambiental acontecerá no dia 09 de dezembro de 2011 em Silva Jardim,contará com a participação de 200 educadores da região bacia do rio São João, área de ocorrência de mico-leão-dourado abrange oito municípios da baixada litorânea fluminense (Rio Bonito, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Araruama, Cabo Frio, Saquarema e Armação de Búzios).

“Muito dessa conquista tem a devida considerações pelo desempenho da equipe de educadores ambientais que passaram pela AMLD e os que fazem parte da equipe atual como a Aline Lopes, Ruan Azevedo, Geise Antunes e Lohan Galvão, com o foco na Patrícia Mie Matsuo, coordenadora até 2010, atualmente conselheira da AMLD e Lou Ann Dietz, sócia fundadora e conselheira da AMLD.”

Mico-Leão-Dourado


Fernanda Spagnuolo
Associate – Equipe Ford
Burson-Marsteller Brasil
+55 11 3094-2243 / 6415-6626

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Organizações civis se unem contra caça de baleias



Sessenta e três entidades da América Latina e Caribe solicitam a seus governos a adoção de medidas oposicionistas frente à próxima temporada de caça 'científica' de baleias pelo Japão no Oceano Austral


Medidas diplomáticas e de rechaço à dita caça para fins 'científicos' na Antártida, realizada na realidade com caráter comercial pelo Japão, é o que desejam as organizações que trabalham com conservação marinha na região, segundo a carta entregue a 14 países do Grupo Buenos Aires, entre eles o Brasil. 

Segundo a denuncia das organizações, a cota anual de baleias caçadas sob o programa JARPA II, iniciado em 2006, aumentou quase 50% ao ano devido a concessões especiais, alcançando níveis similares a cota anual de caça comercial à baleia minke antártica antes da implementação da moratória.

A caça para fins ’científicos” é uma prática tolerada pela Comissão Internacional da Baleia (CIB), que proíbe desde 1986 a caça comercial aos cetáceos. “Além de construir uma fachada para encobrir as operações baleeiras de caráter comercial e violar a moratória sobre a caça comercial, o programa representa uma crescente e preocupante ameaça à governança do Oceano Austral, à segurança da vida humana em alto mar e à proteção do delicado ecossistema marinho antártico”, relata a carta.


Segundo José Truda Palazzo, do Centro de Conservação Cetácea Brasil, a CIB atua com base em um tratado arcaico, a Convenção Baleeira de 1946, que permite expressamente através de seu Artigo 8º que os países se auto-outorguem licenças de captura para fins científicos.


“Logicamente, o que o Japão faz é um abuso do direito concedido por esse Artigo, tanto que a Austrália está processando o país na Corte Internacional de Justiça, mas a CIB alega que não pode fazer nada. A CIB se transformou num anacronismo no século XXI, e acredito que a conservação das baleias no plano global estaria melhor se essa Comissão acabasse e fosse substituída por um tratado moderno de conservação dos cetáceos. Mas falta vontade política, mesmo dos países que se dizem “conservacionistas”, para dar esse passo à frente”, afirmou Palazzo.

Além da segurança ambiental contra a caça de animais ameaçados de extinção como a baleia jubarte, as organizações denunciam a quebra do Tratado Antártico como uma zona de paz livre de armas, já que o governo japonês pretende enviar uma embarcação de escolta para proteger a tripulação baleeira.


“É inaceitável que o governo japonês transforme novamente as águas do Santuário de Baleias do Oceano Austral no cenário de massacre de centenas de baleias que se encontram protegidas”, lamentou a diretora executiva do Centro de Conservação Cetácea do Chile Elsa Cabrera.

A carta ainda acrescenta a preocupação sobre a conduta do governo japonês no âmbito da CBI, “mostrando a sua nula disposição em melhorar o funcionamento deste importante organismo”.

As organizações brasileiras que assinaram a carta são: Centro de Conservação Cetácea Brasil, Instituto Baleia Jubarte e Centro Golfinho Rotador.

De acordo com Palazzo, o governo do Brasil mantém uma posição firmemente conservacionista na CIB, graças principalmente à atuação do Itamaraty, mas poderia fazer bem mais.


“Estou convencido de que a proposta brasileira de criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul não prospera porque as gestões que deveriam ser feitas em altíssimo nível, de Presidente para Primeiros-Ministros e outros Presidentes, simplesmente não acontece. Aí, vemos o sujeito do Gabão, de quem o Brasil há pouco perdoou centenas de milhões em dívidas, literalmente xingar a delegação brasileira nas plenárias da CIB e votar com os baleeiros japoneses, e fica por isso mesmo. O Brasil tinha de exercer mais pressão em nível mais elevado pra lograr seus objetivos de conservação no Atlântico Sul” resumiu o ecologista, que lançará na semana que vem o livro SOS Baleias.

Histórico

Em uma nota divulgada em fevereiro, o Grupo Buenos Aires já havia reafirmado seu "compromisso com a conservação das baleias, a manutenção da moratória comercial em vigência desde 1986, a promoção do uso não letal do recurso e o respeito à integridade dos santuários baleeiros reconhecidos pela CBI", rejeitando a caça dos cetáceos.

Logo após esta manifestação, o governo japonês decidiu suspender sua campanha de caça às baleias na Antártida até o final da temporada passada, porém motivado pela "dificuldade de se garantir a segurança das tripulações diante do assédio incessante da Sea Shepherd", alegou na ocasião o ministro da Agricultura e Pesca, Michihiko Kano.


As capturas da frota japonesa, que tem uma cota anual de cerca de mil cetáceos, foram reduzidas para 507 baleias no ano passado, fato que a Agência de Pesca atribuiu às atividades de "obstrução" da Sea Shepherd.

O Japão anunciou no início de outubro que vai regressar às águas da Antártida a partir de Dezembro para caçar. Mas desta vez, a frota baleeira terá uma escolta nipônica para proteção contra os navios ecologistas da Sea Shepherd.

A ONG mobiliza várias embarcações para seguir a frota japonesa, utilizando cordas para bloquear as hélices dos navios japoneses e colocando-se entre estes e as baleias. A organização garante ter conseguido evitar a morte de 800 animais.

Outras ameaças

Em meio a este embate, a Convenção sobre Conservação de Espécies Migratórias de Animais Selvagens sob o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP/CMS, em inglês) divulgou um relatório que detalha as mais recentes descobertas científicas sobre a distribuição, migração, comportamento e ameaças aos cetáceos.


O alerta trazido pelo relatório é diretamente relacionado ao bycatch, ou seja, a captura de espécies diferentes da espécie-alvo na pesca. A constatação é que 86% dos Odontoceti, uma subordem de cetáceos popularmente chamada de baleias com dentes, como as a cachalote e os golfinhos, morrem emaranhados em armadilhas, redes de emalhar e de arrasto, espinhel e outros aparatos pesqueiros.

Além disso, a sobrepesca das suas presas também foi identificada como uma ameaça a 13 espécies em 2011 em comparação com 11 em 2001. O relatório enfatiza que a caça local, matanças ou capturas deliberadas são ameaças graves.

A secretária executiva da UNEP/CMS Elizabeth Mrema, comentou que lidar com estas ameaças exige regulamentação internacional e que durante a 10 ° Conferência das Partes da CMS em novembro será discutida a adoção de um Programa de Trabalho Global para Cetáceos.


África do Sul não quer debater acordo climático na COP

Para o país sede da Conferência do Clima seria irresponsável perder tempo discutindo um tratado praticamente impossível enquanto outras questões urgentes, como financiamento e Protocolo de Quioto, ficariam estagnadas

A Conferência do Clima de Durban (COP17) nem começou ainda, mas já existe uma aura de pessimismo sobre o que será possível alcançar quando os mais de 190 países sentarem para negociar.

Quem deixou claro qual é a atual realidade das políticas climáticas foi o embaixador da África do Sul designado para atuar na COP17, NJ Mxakato-Diseko.

“Negociar um instrumento legal para limitar as emissões de gases do efeito estufa seria irresponsável, muito irresponsável. Apenas sugerir que o resultado de Durban deve ser um acordo é irresponsável, porque faria as negociações entrarem em colapso”, afirmou.

Para o país sede, o papel da COP17 deve ser trazer avanços em outras questões relevantes, como transferência de tecnologias, financiamento de ações climáticas e traçar um esboço do que pode acontecer com o Protocolo de Quioto após 2012.

Porém, outras nações podem pensar diferente e a possibilidade de paralização das negociações é real.

A China, por exemplo, divulgou nesta semana sua proposta para a COP17 e um dos elementos chave que defenderá será a extensão e ampliação de Quioto, para que todos os países desenvolvidos assumam metas de emissão, o que com certeza não será aceito pelos Estados Unidos.

Christiana Figueres, presidente da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC), parece alinhada com a África do Sul e afirma que a COP17 terá alcançado seu objetivo se conseguir fazer com que os países cumpram promessas feitas no passado, principalmente com relação à criação do Fundo Climático Verde.

“Sabemos que este não é o melhor momento para falar em financiamento, já que muitos dos países mais ricos estão atravessando uma crise econômica. Porém, a crise é passageira e estamos propondo algo em longo prazo, para suprir as necessidades das ações de mitigação e adaptação nas próximas décadas”, declarou Figueres.

MDL e Mercados de Carbono

O impacto que a falta de um acordo climático que substitua o Protocolo de Quioto terá no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é a atual grande preocupação dos investidores. A incerteza sobre o futuro dessa ferramenta, somada a crise financeira, foi responsável pela contração do MDL, que diminuiu 46% em 2010.

Em uma manobra para mostrar confiança na continuidade do mecanismo, o Comitê Executivo do MDL divulgou nesta quarta-feira (26), após a sua 64º reunião, que abrirá uma consulta pública para melhorar o esquema.

“Queremos aprender com o passado para construir o futuro. Vamos fazer o que for necessário para unir a sociedade civil, governos e demais participantes do MDL em um diálogo aberto e construtivo”, afirmou Martin Hession, presidente do Comitê.

“Nos últimos 10 anos, os integrantes do MDL construíram um mecanismo global que funciona. Agora é a hora de usar as experiências adquiridas nesse período para revitalizar o MDL”, completou.

Todas as sugestões coletadas pela consulta pública serão reunidas em um relatório que servirá de base para uma reforma no MDL com o objetivo de “transformar o mecanismo em um instrumento de estímulo ao investimento em baixo carbono em países em desenvolvimento”.

A incerteza sobre o futuro também vem afetando os mercados de carbono e segundo o delegado da Noruega para a COP17, Henrik Harboe, é importante que os países mandem um ‘sinal político’ de seu interesse em manter esse tipo de ferramenta funcionando.

Em entrevista para a Bloomberg, Harboe afirmou que é preciso dar garantias aos investidores de que podem se comprometer com projetos de longo prazo.

“É necessário que seja dada confiança aos mercados. Precisamos deixar claro que esses mecanismos continuarão existindo. Talvez seja preciso introduzir regras, mais flexíveis, ou fazer ajustes para que novas iniciativas sejam criadas”, concluiu.

É praticamente consenso entre os negociadores que os mercados de carbono e o MDL devem continuar existindo independente do que aconteça com relação a um futuro acordo climático ou com o Protocolo de Quioto. 

Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Reciclagem de óleo: opção para preservar o meio ambiente


Fábrica recicla óleo comestível dispensado por restaurantes

Instalações da futura fábrica de sabão 

Em Sergipe, um novo conceito sobre reciclagem começa a surgir com a iniciativa de um casal de empreendedores, a partir de investimentos na ordem de R$ 200 mil para reciclar óleo comestível e usá-lo como matéria-prima na fabricação de produtos de limpeza. Com este espírito, nasceu, há cerca de nove anos, a ideia de dar uma destinação consciente ao óleo comestível descartado em restaurantes e por pequenos vendedores ambulantes que trabalham com frituras na capital sergipana.

E foi por acaso. Por coincidência, há cerca de nove anos, o casal Rome Silva Freire e Rejane Lemos Freire, ambos com 36 anos, recebeu a visita inesperada de um empresário carioca. Eles não se conheciam, mas o vínculo foi a Kombi do casal estacionada na residência deles no bairro América. “Foi uma coisa de Deus, não tem como não ter sido aquela visita uma coisa mandada por Deus”, acredita Rejane Lemos.


Óleo que seria jogado nos dutos

Ela conta que o empreendedor (cujo nome não foi revelado) bateu na porta da residência dela com o intuito de alugar a Kombi que eles possuíam. “A Kombi estava estacionada na garagem e ele bateu na porta perguntando se meu maridotinha interesses de alugá-la”, lembra. “Meu marido disse que sim, desde que o motorista fosse ele. E foi aí que tudo começou”, diz. No início, Rome era apenas motorista. No entanto, com o passar dos dias, o empreendedor teve que retornar ao Rio de Janeiro para resolver problemas familiares, propôs sociedade e Rome acabou assumindo os negócios porque o empresário desistiu de atuar em Sergipe. “Como ele não mais voltou, meu marido e eu acabamos fazendo a reciclagem do óleo no quintal da nossa casa para vendê-lo a uma fábrica de sabão”.

Estava no pequeno quintal de casa o protótipo da JCS Recigraxe, que já está sendo erguida no Cantinho do Céu, no município de São Cristovão. “A gente vendeu carro, imóvel e investimos todas as nossas economias aqui. Agora a gente só faz a coleta e faz negócio com uma fábrica de produtos de limpeza, mas nossa ideia é abrir nossa própria fábrica, para fabricar produtos de limpeza com todo o óleo reciclado”, diz Rejane. Rome prefere o silêncio, transferindo para a esposa a responsabilidade pelas entrevistas.

A ideia se expande. O casal já está iniciando parcerias para instalar empreendimento semelhante nos Estados do Maranhão e Piauí. Em São Luís, capital do Maranhão, os entendimentos estão avançados e, em breve, os caminhos se abrirão em Terezinha, no Piauí. Pelo menos são estas as pretensões do casal empreendedor.

Sérgio Borges: trabalhando com pesquisa

Negócio formidável

Foi no Cantinho do Céu, no município de São Cristovão, que o casal encontrou o espaço ideal para abrir a célula da fábrica de reciclagem. O empreendimento ainda opera em fase operacional, aguardando apenas a licença de órgãos ambientais para prosperar. Antes mesmo de atuar na fabricação de produtos de limpeza, o empreendimento já vinga com cinco empregados agindo na reciclagem do óleo comestível. Os serviços que eram feitos artesanalmente já progrediu, passando a ser executados em maquinários, que incluem caldeiras, centrífugas, reatores de tratamento, conduzidos pelo controlador de produção Josan Lemos. “Estamos só fazendo o beneficiamento do óleo, mas futuramente já estamos com equipamentos adequados para fornecer produtos de limpeza”, garante o controlador de produção.

Josan Lemos: cuidando dos equipamentos

Nesta atividade específica, relacionada ao beneficiamento do óleo comestível, o casal empreendedor já desfruta de parcerias com alguns restaurantes instalados em Aracaju, vendedores ambulantes que residem no próprio bairro América, algumas lojas de supermercado e até moradores, na própria comunidade onde o casal reside.

Para a coleta, o casal instala vasilhames específicos em alguns pontos da cidade, recipientes identificados como bombonas, de variados tamanhos, com capacidade para armazenar 25 litros, 50 litros e 100 litros de óleo. No momento, são coletados algo em torno de 3 mil litros de óleo comestível por semana. Na parceria, aqueles que se dispõem a ofertar o óleo comestível usado recebem, em troca, material de limpeza.

Um negócio formidável, na ótica da empresária Ivana Soalheiro, sócia-proprietária de um restaurante de médio porte em Aracaju, parceira da Recigraxe. “É uma coisa que vem em nosso próprio benefício”, considera a empresária, numa referência não apenas à economia que conseguiu conquistar com a aquisição de material de limpeza, mas o gesto associado à contribuição ao meio ambiente. “A natureza está tão desgastada que buscamos parceiros para não jogar o óleo que usamos no assado na natureza”, diz a empresária.

Ivana Soalheiro: negócios pelo meio ambiente

Com o gesto, a dona do restaurante consegue coletar cerca de R$ 100 litros de óleo comestível ao mês, que seriam, em outras épocas, lançados nas famosas ‘caixas de gordura’. “Fazemos sim economia, mas a questão não está no valor. A questão está no gesto para evitar jogar os descartáveis no lixo”, comenta. “São coisas mínimas que ajuda demais a natureza”, resume.

Educação Ambiental

O empreendimento ainda passa por fase de licença ambiental, mas já proporciona a abertura de novos negócios. A Aimberê Ambiental, uma empresa de consultoria, por exemplo, nasceu justamente com o objetivo de prestar serviços à JCS Recigraxe para desenvolver campanhas de conscientização junto à população para a importância de dar uma destinação politicamente correta ao óleo comestível, comumente despejado nos dutos e caixas coletoras de condomínios e restaurantes e até mesmo diretamente nos esgotos domésticos da cidade.

“Fundamos a Aimberê Ambiental para prestar serviços na área de educação ambiental para fazer um estudo prévio de comportamento da comunidade no tocante à adesão do projeto de coleta de óleo comestível”, informa o professor Sérgio Cardoso Borges, tutor do Centro de Educação Superior à Distância da Universidade Federal de Sergipe (UAB/Cesad/UFS), sócio da nova empresa. “Vamos trabalhar com a vertente do desenvolvimento sustentável pedagógico”, explica.

Local onde há o beneficiamento do óleo

O trabalho será desenvolvido em bairros, escolas públicas e privadas, condomínios e igrejas de religiões distintas. O primeiro trabalho será iniciado no Conjunto Orlando Dantas. E por que o Orlando Dantas? “Há indícios que o bairro é um dos mais solicitados para realização de serviços de manutenção da rede de esgoto”, responde o professor. Segundo analisa, um dos grandes problemas ocasionados pelo entupimento da rede de esgoto é causado pelo lançamento indiscriminado na rede de esgoto do óleo comestível descartado.

Além de desenvolver campanhas educativas, a Aimberê Ambiental pretende distribuir ecopontos de coleta de óleo em locais estratégicos, de forma que a comunidade dispense nestes vasilhames o óleo que costuma despejar na rede de esgoto do bairro. “O Orlando Dantas é composto por 5.922 domicílios e seu potencial de resíduo de fritura é de 12 toneladas ao ano. Portanto, são 12 toneladas de resíduos do óleo comestível que são jogadas indiscriminadamente nos dutos, se descartados de forma irregular”, considera o professor. “Vamos trabalhar na perspectiva de fazer parcerias e gerar impacto de mudança de hábito na comunidade, um trabalho voltado para a coleta do óleo, vislumbrando a geração de renda e trabalho”, comenta o professor.

Fica a dica. Os interessados em fazer parceria com a JCS Recigraxe na coleta de óleo comestível já usado podem entrar em contato com os empreendedores pelo telefones 3259 – 7377; 9991 – 2597 ou 9811 – 7379.

Cássia Santana / Portal Infonet

Cientistas alemães criam robôs com aparência de animais



Um pássaro que voa livre no céu, elefantes que enroscam suas trombas, pinguins que mergulham em águas cristalinas. Seriam animais perfeitos, não fossem robôs, protótipos de bichos autônomos, equipados com sensores e radares, que permitem que se movimentem sem ajuda de controle remoto.

Parece um zoológico do futuro, mas tudo isso faz parte da realidade de uma empresa alemã que trabalha em cooperação com universidades do mundo todo para desenvolver máquinas e veículos mais eficazes, menos poluentes e que gastam o mínimo de energia.

O objetivo desse projeto, desenvolvido em Esslingen, no interior da Alemanha, é captar a eficiência física dos animais na natureza e transferir essa habilidade natural dos bichos para os robôs. Quanto mais próximos da perfeição, mais úteis esses animais biônicos se tornam, principalmente para as indústrias naval, automobilística e aeroespacial.

O arquiteto responsável pela criação dos animais, diz que a estrela do projeto é a gaivota. Ela realmente decola, bate as asas e pousa como se fosse viva. O protótipo tem ajudado no desenvolvimento de aviões com aerodinâmica capaz de proporcionar até 50% de economia de combustível.

Outra conquista é a sensibilidade virtual: robôs já são capazes de manejar produtos frágeis como ovos sem quebrá-los, mil vezes mais rápido do que uma pessoa. Um outro exemplo bem prático não passa despercebido no jardim da empresa: é um cortador equipado com sonares que detectam o tamanho da grama. Movido a energia solar, ele passa o dia inteiro fazendo seu trabalho, descansa à noite e retoma a tarefa, automaticamente, quando o dia amanhece. Uma pequena amostra do que os robôs poderão se tornar em nossas vidas.

Alemanha quer ter energia limpa equivalente a 14 vezes Belo Monte


  • Governo alemão vai substituir energia atômica pela solar e de biomassa.
  • Cidadãos podem vender energia produzida nas residências.

A decisão do governo da Alemanha de encerrar a geração de energia proveniente de usinas nucleares e diminuir a quantidade de complexos movidos a carvão, responsáveis por altas emissões de carbono, vai aumentar o emprego das energias renováveis no país, como a solar, eólica e biomassa, que saltarão dos atuais 16% de toda a matriz energética para 80% até 2050, segundo o plano oficial. A potência instalada de fontes renováveis deverá chegar a 163,3 GW.

É como se em quatro décadas a Alemanha construísse o equivalente a mais de 14 usinas com a mesma potência da de Belo Monte, que terá capacidade para produzir 11,2 GWh de energia no Rio Xingu, no Pará.

Entretanto, a falta de espaço territorial na nação mais desenvolvida da Europa (cabem quase 24 Alemanhas dentro do território do Brasil) não permite tal feito e incentiva a criatividade e o desenvolvimento tecnológico.

O assunto se tornou uma das principais bandeiras do país desde o final de maio, quando o governo de Angela Merkel anunciou o encerramento gradativo das atividades de 17 usinas nucleares até 2022. O tema já era discutido há pelo menos uma década, mas a decisão a respeito foi acelerada após o acidente nuclear ocorrido em Fukushima, no Japão.

Com isso, nos próximos anos, a tecnologia nuclear deixará de produzir 23% da energia elétrica utilizada para abastecimento da indústria e das moradias dos seus 81,7 milhões de habitantes.


À esquerda, exemplos de turbinas de energia eólica que funcionam em regiões da Alemanha; à direita, casas sustentáveis que são abastecidas com luz solar em bairro de Freiburg. Plano da Alemanha é aumentar para 80% da matriz energética até 2050 o uso de tecnologias limpas 

Iniciativa

Para substituir a perda, o governo criou um plano determinando que 80% da matriz energética do país seja abastecida por meios renováveis até 2050 e, ao mesmo tempo, criou regras para a reduzir o consumo do país com a aplicação de melhorias na eficiência energética.

Tais tecnologias, que emitem menos gases causadores do efeito estufa, são recomendadas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), no intuito de reduzir as emissões de carbono proveniente de usinas de carvão.

Segundo dados da Associação Alemã das Indústrias de Água e Energia (BDEW), até 2010 as energias renováveis provenientes do vento, da reutilização de materiais (biomassa), da água e do sol eram responsáveis por 16% da geração de energia elétrica no país.

O aumento deve ocorrer de forma gradativa com a ajuda de regras como a que determina a implantação de placas solares em residências novas para que a luz solar gere 15% do aquecimento interno da casa, além da água quente consumida.

"Estamos abandonando a energia atômica em todo o país, mas estamos implantando um sistema que denominamos de 'tarifa ecológica', que recompensa pessoas que estão consumindo sua própria energia com meios limpos. O excedente alimenta a rede elétrica, sendo descontado do custo que a pessoa teria que pagar pelo consumo ou mesmo recebendo a quantia em dinheiro ao longo dos anos", explica a pesquisadora Ursula Eicker, da Universidade de Ciências Aplicadas de Stuttgart.



Desenvolvimento

O aproveitamento desses recursos tornou-se prioridade para empresas, instituições de pesquisa e governos estaduais, como o de Baden-Württemberg, no sudoeste alemão.

Com uma população de 11 milhões de habitantes e alta concentração de indústrias – abriga as sedes mundiais de companhias como a Daimler (Mercedes-Benz), Porsche, Bosch, entre outras -, 40% da energia que abastece a região provém da matriz nuclear, segundo Theresia Bauer, ministra de Ciência, Pesquisa e Arte de Baden-Württemberg.

Por conta disso, há um movimento de desenvolvimento de novos produtos voltados à melhoria da eficiência energética que serão utilizados no país e, posteriormente, exportados para outras regiões, como o Brasil.

“Queremos ocupar uma posição de liderança neste contexto, desenvolvendo tecnologias em relação à energia eólica, fotovoltaica e biomassa”, disse a ministra.

De acordo com Theresia, instituições de pesquisa instaladas no estado, e que contam com robustos orçamentos anuais que estão em torno de 1 bilhão de euros, trabalham para desenvolver novos materiais para melhorar o aproveitamento da luz solar na geração de luz elétrica ou aquecimento de residências, com o intuito de baratear essa tecnologia, além de pesquisar formas de construção mais leves para imóveis ou veículos e na criação de produtos e técnicas voltadas para a energia eólica e biomassa.

Entretanto, a ministra ressalta que estudos voltados para o armazenamento destas energias são os que recebem maior atenção. “Acreditamos que esta é uma questão central para o uso de energias renováveis na produção de energia elétrica, justamente devido à falta de continuidade na geração quando não há raios solares suficientes ou ventos para movimentar as turbinas. Uma grande parte dos investimentos está voltada para esta área”, afirma.

A ministra de Baden-Württemberg,
Therezia Bauer 

Energia nuclear no Brasil

Os planos da Alemanha de eliminar a energia atômica de seu país também poderiam respingar no Brasil?

A empresa estatal Eletronuclear e a companhia alemã Siemens são responsáveis por construir o complexo nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, previsto para ser finalizado até 2015 e que custará R$ 6,1 bilhões.

O Ministério de Minas e Energia do Brasil pretende ainda implantar quatro novos complexos atômicos, sendo dois no Nordeste e mais dois no Sudeste.

A obra no litoral fluminense é criticada por ambientalistas brasileiros e alemães, mas, segundo a ministra de Baden-Württemberg, o contrato firmado entre a Siemens e o governo do Brasil será honrado.

“Nossos contratos serão cumpridos. Agora, o que é errado é abandonarmos a energia atômica no nosso país e continuar com sua exportação para outras regiões. Se acreditamos que não é uma tecnologia sustentável, a tendência é que essa exportação não seja continuada”, diz Theresia Bauer.

Ela complementa ainda que os aspectos de segurança e de tratamento de resíduos ainda serão temas pesquisados e discutidos na Alemanha por muito tempo. “Vamos lidar com os aspectos de segurança deste tema por muito tempo, além da situação dos depósitos de resíduos. Essas questões são importantes para a nossa sociedade”, disse.


Eduardo Carvalho - Globo Natureza, em Stuttgart
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o repórter viajou a convite do governo de Baden-Württemberg

Senado aprova lei que enfraquece Ibama

A bancada ruralista comemorou a aprovação.

O Senado aprovou  por 49 votos a 7 um projeto de lei que, na prática, tira do Ibama o poder de multar desmatamentos ilegais.

O projeto regulamenta o artigo 23 da Constituição, que define as competências de União, Estados e Municípios na fiscalização de crimes ambientais.

O texto original, do deputado Sarney Filho (PV-MA), visava estabelecer atribuições dos entes federativos para melhorar o combate ao tráfico de animais. Porém, uma emenda de última hora inserida na Câmara alterou o texto, estabelecendo que a autuação só poderia ser feita pelo órgão licenciador. Como o licenciamento para desmatamentos é feito pelos Estados, o Ibama, na prática, ficaria sem poder de autuar.

No ano passado, a então senadora Marina Silva (PV-AC) tentou corrigir a distorção, apresentando três emendas ao projeto. Todas elas foram rejeitadas na Comissão de Constituição e Justiça pela senadora ruralista Kátia Abreu (PSD-TO), relatora na CCJ.

Tanto Marina quanto seus sucessores no Ministério do Meio Ambiente, Carlos Minc e Izabella Teixeira, tentaram barrar a proposta (batizada de PLC no. 1), por entenderem que os Estados e municípios são menos estruturados para fiscalizar e/ou mais sujeitos a pressões políticas do que o Ibama.

A bancada ruralista comemorou a aprovação.

"Vamos tirar essas prerrogativas ditatoriais do Ibama. O Ibama quer parar o Brasil, não vai parar, não!", vociferou Flexa Ribeiro (PSDB-PA).

"Habituou-se no Brasil a achar que os órgãos federais são mais honestos que os estaduais e municipais. Não podemos tratar a Federação desta forma. O Ibama não é a Santa Sé, ele não está acima de qualquer suspeita, não", disse Kátia Abreu.

Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, disse que a proposta é um retrocesso.

"Num momento em que nós estamos fazendo um grande esforço para votar um Código Florestal que reduza desmatamento no nosso país, reduzir as prerrogativas do Ibama me parece um erro grave."

Degradação ambiental ameaça progresso de emergentes, diz ONU

Pnud - 2011

Se persistirem as atuais tendências globais de degradação ambiental, a progressiva melhora nos índices sociais dos países emergentes será interrompida antes de 2050, segundo o Relatório de Desenvolvimento de 2011 do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), lançado nesta quarta-feira.

O documento diz: "Se não fizermos nada para deter ou inverter as tendências atuais, o cenário de catástrofe ambiental conduz a um ponto de virada antes de 2050 nos países em desenvolvimento. A sua convergência com os países ricos em termos de progresso no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) ao longo das últimas décadas começa a se inverter."

Segundo o Pnud, o mundo tem assistido a um enorme progresso em termos de desenvolvimento humano nas últimas décadas. Desde 1970, o IDH cresceu 41% em termos globais e 61% nos países com IDH baixo, refletindo fortes avanços na saúde, na educação e na renda.

No entanto, o órgão diz que a melhora dos padrões de renda tem estado associado à deterioração em indicadores ambientais fundamentais, como as emissões de dióxido de carbono, a qualidade do solo e da água e a cobertura florestal.

Como resultado, o Pnud prevê que, em 2050, o IDH global será 8% inferior ao que seria esperado caso não houvesse graves problemas ambientais.

A redução se deveria principalmente aos efeitos adversos do aquecimento global na produção agrícola, no acesso à água potável e saneamento e na poluição.

O sul da Ásia e a África Subsaariana, diz o relatório, seriam os principais afetados pela deterioração ambiental, com queda de 12% em seu IDH médio.

O documento afirma ainda que num cenário de "catástrofe ambiental" ainda mais adverso - vasta desflorestação e degradação do solo, reduções dramáticas da biodiversidade e uma aceleração dos fenômenos climáticos extremos--, o IDH global seria aproximadamente 15% inferior à base de referência prevista.

PREÇOS DE ALIMENTOS

Além de dificultar o acesso a bens e serviços essenciais, alerta o Pnud, os fatores ambientais adversos provocariam um aumento dos preços dos alimentos mundialmente em 30% a 50% nas próximas décadas e estimularia a volatilidade dos preços, com graves repercussões nas famílias mais pobres.

Os mais vulneráveis ao aumento de preços seriam os cerca de 1,3 bilhão que trabalham na agricultura, pesca, silvicultura, caça e coleta.

"As previsões sugerem que, em muitos casos, os mais desfavorecidos suportam e continuarão a suportar as repercussões da deterioração ambiental, ainda que pouco contribuam para o problema."

Hoje, diz o órgão, países em desenvolvimento são os que mais sofrem com a perda de chuvas e com o aumento em sua variação, com repercussões na produção agrícola e nos meios de subsistência.

Segundo o Pnud, embora sejam os mais afetados pelas agressões ambientais, os países com IDH baixo foram os que menos contribuíram para as alterações climáticas globais.

Isso porque as emissões per capita continuam muito mais elevadas nos países desenvolvidos, devido ao maior número de atividades com utilização intensiva de energia, como condução de automóveis, uso de ar condicionado em casas e escritórios e consumo de produtos alimentícios transformados e embalados.

O relatório diz que países com avanços mais rápidos no IDH registraram aumentos mais rápidos nas emissões de dióxido de carbono, o que exigiria uma revisão dos atuais moldes de desenvolvimento.

"O crescimento impulsionado pelo consumo de combustíveis fósseis não é um pré-requisito para uma vida melhor em termos de desenvolvimento humano mais gerais. Os investimentos que melhoram a equidade (por exemplo, no acesso a energias renováveis, água e saneamento e nos cuidados de saúde reprodutiva) podem promover a sustentabilidade e o desenvolvimento humano."

RANKING

Em seu ranking de desenvolvimento humano, que neste ano conta com 187 países, o relatório apresentou poucas mudanças nas primeiras posições em relação a 2010.

O índice, que varia entre zero e um (quanto mais próximo de um, maior o nível de desenvolvimento humano), leva em conta as realizações médias de um país em três dimensões: a possibilidade de usufruir uma vida longa e saudável, o acesso ao conhecimento e um padrão de vida digno.

  • Como em 2010, as cinco primeiras posições ficaram com Noruega (0,943), Austrália (0,929), Países Baixos (0,910), Estados Unidos (0,910) e Nova Zelândia (0,908).
  • Os países integram um grupo de 47 nações cujo IDH é considerado muito elevado, e que tem Chile (44º lugar, 0,805) e Argentina (45º, 0,797) como únicos países latino-americanos.
  • Com 0,718 ponto, o Brasil ficou na 84ª posição, na categoria de países com IDH elevado. A nota foi 0,003 ponto superior à do ano passado.
  • As últimas posições do ranking permaneceram inalteradas: Burundi (0,316), Níger (0,295) e República Democrática do Congo (0,286).
  • As maiores oscilações positivas no ranking deste ano ocorreram com a Ucrânia (161), Turquia (92) e Malásia (61), que subiram, cada uma, três posições.
  • Já a Líbia, imersa desde o início do ano em conflitos armados, que no mês passado resultaram na morte do líder Muamar Khadafi, teve a maior oscilação negativa no ranking, caindo dez posições, para 64º.

BBC BRASIL

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