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terça-feira, 23 de abril de 2013

Estudo inédito revela 550 espécies de plantas e animais nas Ilhas Cagarras



Estudo inédito de pesquisadores do Projeto Ilhas do Rio revela que o Monumento Natural das Ilhas Cagarras, administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a quatro quilômetros da praia de Ipanema (RJ), abriga a segunda maior colônia reprodutiva de aves marinhas da espécie Fregata magnificens (conhecida como fragata) da costa brasileira. Em dois anos, mais de 550 espécies de animais e plantas foram identificadas no local, algumas até então desconhecidas ou consideradas extintas na cidade.

Pelo menos 5,5 mil fragatas e 2,5 mil atobás-marrons usam o arquipélago como refúgio para fazer ninhos. A maior colônia de fragatas do País fica na Ilha de Alcatrazes, em São Paulo, e é um pouco maior, com 6 mil aves. Sem as Cagarras, o Rio não teria a grande quantidade de fragatas que sobrevoam a cidade, uma de suas características, diz a bióloga e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Larissa Cunha. Em busca de alimento, elas cruzam o mar até a Lagoa Rodrigo de Freitas e a Baía de Guanabara, e voltam no fim do dia.

O Projeto Ilhas do Rio (notícia sobre documentário que será distribuído às escolas e universidades) é o primeiro estudo extenso e detalhado sobre a biodiversidade do arquipélago formado por quatro ilhas e duas ilhotas. Mas ele não traz apenas boas notícias, pois em dois anos, nenhum golfinho-flíper (Tursiopstruncatus) foi visto pelos 12 pesquisadores. O primeiro registro publicado da presença dessa espécie no local ocorreu em 2003. Até 2010, 29 golfinhos foram identificados e catalogados de um total de 432 ocorrências. A poluição é apontada como provável causa do sumiço. O Emissário Submarino de Ipanema lança esgoto doméstico in natura a dois quilômetros de distância das ilhas, também impactadas pela água poluída que chega da Baía de Guanabara.

"Fala-se muito em impactos do turismo desordenado e da pesca ilegal, mas o grande problema que Cagarras enfrenta é a poluição marinha", diz a chefe da unidade de conservação, Fabiana Bicudo. Antes de assumir o cargo, há cerca de um ano, ela chefiava o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. "Cagarras está inserida no contexto urbano. Sofre impacto da questão sanitária da cidade e da poluição industrial da baía. É um problema de estado." A analista do Instituto Chico Mendes destaca a questão do emissário e diz que é preciso monitorar esses impactos, que também afetam a balneabilidade de praias da zona sul. 

Responsável pela parte de aves do estudo, Larissa diz que foram encontradas concentrações muito altas de ascarel, substância tóxica persistente, em ovos coletados nas ilhas Cagarra e Redonda. Segundo ela, a contaminação provavelmente vem de peixes da baía comidos pelas aves. "Não há dúvida em relação ao impacto, mas ainda não sabemos que efeitos estão causando."

O estudo monitorou a qualidade da água e o nível de poluentes em quatro pontos de coleta: na entrada da baía, na saída do emissário, na Ilha Redonda (amais distante do litoral) e na Ilha das Palmas (a mais próxima da costa).

Monumento

É a segunda maior colônia reprodutiva 
de aves conhecidas como fragatas

Em 2010, o arquipélago foi transformado por lei federal em monumento natural, para preservar sua biodiversidade e beleza cênica. Criou-se, então, a primeira unidade de conservação marinha de proteção integral do litoral carioca. Realizada desde abril de 2011, a pesquisa tem o objetivo de apoiar a elaboração de um plano de manejo, feito pelo ICMBio. "Apesar de todos os problemas, existe uma biodiversidade muito rica que o carioca desconhecia", diz o coordenador do projeto, o biólogo marinho Carlos Rangel.

Foram identificadas até agora 170 espécies da flora, 51 de aves, 50 de algas, 135 de peixes e 157 de invertebrados bentônicos. Dos invertebrados, 7 provavelmente são novos para a ciência. Uma espécie de perereca Scinax (encontrada dentro de uma bromélia) e outra de inseto foram confirmadas como inéditas. Também houve o primeiro registro no Rio de duas espécies de aves, a curicaca e a gralha-do-campo.

O biólogo Massimo Bovini, do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico, ficou responsável pelo inventário da flora. Ele é carioca, já trabalhou na Chapada Diamantina (BA), em Abrolhos (BA) e Fernando de Noronha (PE), mas nunca tinha pisado nas ilhas até o início do estudo.

Bovini encontrou no cume da Ilha Redonda uma espécie que era considerada extinta no Rio desde a década de 1940, a Gymnanthes nervosa. Três espécies são típicas do arquipélago: a bromélia Neoregelia cruenta, a clúsia e a palmeira-jerivá, que pode ser vista de Ipanema. "São as mais abundantes, os símbolos do monumento. Suportam um ambiente com vento forte, alta salinidade e exposição ao sol." 

Outra espécie bem comum no arquipélago, a palmeira-guriri (Allagoptera arenaria), está em processo de extinção. Já o capim-colonião (Megathyrsus maxi-mus), de origem africana, tornou-se um problema, principalmente na Ilha Comprida, ocupando o lugar de plantas nativas.

Avião não tripulado vigiará Parque do Pau-Brasil



O Parque Nacional (Parna) do Pau-Brasil, em Porto Seguro (BA), que completou 14 anos neste sábado (20), acaba de ganhar um aliado importante para monitorar a sua área: um Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado). O avião foi doado à unidade por um parceiro local.

Para operar o equipamento, servidores do parque e da Coordenação Regional 7, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que também fica em Porto Seguro, receberão treinamento de três semanas em São Paulo. A previsão é que já no próximo mês o aviãozinho esteja no ar, fazendo a vigilância da unidade.

Com o monitoramento aéreo, as ações de fiscalização vão se tornar muito mais ágeis e eficientes. O Vant é equipado com câmera que grava imagens em tempo real e as remete para uma estação de controle em terra, por meio de telemetria. Na estação, servidores do parque poderão acompanhar tudo pela tela do computador. A qualquer flagrante de crime ambiental, é só acionar os fiscais, que se deslocarão imediatamente para o local. 

O Nauru 500 é uma aeronave de fabricação nacional. Tem 2,32 m de largura entre as asas e 1,83 m de comprimento. Similar aos protótipos de aeromodelismo, é normalmente utilizado na agricultura e no monitoramento ambiental e de obras. Seu uso requer apenas um operador para manuseio e trabalho em campo, podendo também fazer voos automáticos a partir de programações prévias. É movido a querosene de avião.

Nauru 500

Como tem autonomia de voo de até cinco horas e meia, o Vant poderá sobrevoar toda a área do parque, que é de 18,9 mil hectares, em apenas uma manhã ou uma tarde, tempo suficiente para fazer uma varredura total. Assim, ele será usado em ações de fiscalização e monitoramento da unidade e da zona de amortecimento e na localização de focos de incêndios e queimadas. Será muito útil, também, na vigilância de áreas mais sensíveis à presença de caçadores, já que a definição das imagens a 300 metros de altura, por exemplo, é de 25 cm.

Benefícios para a unidade

O Vant tem estrutura de madeira e isopor, que permite a realização de manutenção em campo pelo operador da aeronave. O voo pode chegar a até 2 mil metros de altura sem prejudicar a precisão das imagens.

“Temos agora um instrumento de alta precisão e de baixo custo de operação e manutenção, que trará uma série de benefícios para a unidade. A adoção deste tipo de equipamento, além de reduzir os custos, permitirá grande efetividade na fiscalização e na dissuasão de crimes ambientais no interior da unidade”, afirmou Fábio Faraco, chefe do Parna do Pau-Brasil.

Segundo Faraco, doações como essa, feitas por parceiros, entre eles empresários e donos de RPPNs da região, estão permitindo a revitalização do parque. “Além desse equipamento, recebemos uma estação meteorológica automática, computadores, eletrodomésticos e equipamentos importantes para a gestão da unidade”, disse ele.

Abertura à visitação

O chefe informou também que, ainda neste mês, o ICMBio e a Prefeitura de Porto Seguro assinarão um termo de reciprocidade que prevê a cessão de funcionários terceirizados do município para o apoio às atividades de manutenção do parque. Esse apoio será importante para abertura à visitação de vários atrativos turísticos, como trilhas e mirantes, assim como para recuperação das estradas de acesso ao parque e a inclusão da unidade no roteiro oficial de visitas das escolas do município.

Segundo o chefe, como o plano de manejo do parque está em fase de conclusão, a abertura da unidade ao turismo deverá ocorrer já no próximo mês. “Esta comemoração de aniversário é de grande importância, pois demonstra um grande esforço por parte da nossa equipe técnica, das comunidades, empresas, do poder público local, entre outros, na efetiva instalação da UC e na sua importância local e regional”, concluiu Faraco.

O que é

Vant  na UC Bahia

Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) ou Veículo Aéreo Remotamente Pilotado (Varp), também chamado UAV (do inglês Unmanned Aerial Vehicle) e mais conhecido como drone (zangão, em inglês), é todo e qualquer tipo de aeronave que não necessita de pilotos embarcados para ser guiada. Esses aviões são controlados à distância, por meios eletrônicos e computacionais, sob a supervisão de pessoas devidamente treinadas, ou sem a sua intervenção, por meio de Controladores Lógicos Programáveis (PLC).


Parque Nacional do Pau-Brasil
Bioma: Mata Atlântica

O Parque Nacional do Pau-Brasil foi criado em 20 de abril de 1999. Fica inteiramente no município de Porto Seguro, na Bahia, na chamada Costa do Descobrimento. Leva o nome da árvore que nomeia o País e foi uma das principais fontes de riqueza para os primeiros exploradores estrangeiros. A unidade protege uma faixa de 18,9 mil hectares de remanescentes de Mata Atlântica, sujeita a todos os tipos de pressão. Abriga exemplares de pau-brasil, orquídeas e aves, como as asparongas e o macuco, com seus ovos de tonalidade azul turquesa que encanta a todos. Uma pequena queda d´água formada pelo rio Jacuba é um refrescante prêmio para os visitantes. A unidade é também fonte de pesquisa científica e programas de educação ambiental.


Fauna & Flora

Sua fauna também é rica. No Parna do Pau‐Brasil foram registrados um total de 346 animais diferentes. Em levantamentos recentes puderam ser detectados, 202 espécies de aves, 53 de mamíferos, 20 de répteis, 51 de anfíbios e 20 de peixes. Entre elas, 41 espécies de aves endêmicas da região e 18 espécies inclusas na lista oficial das ameaçadas de extinção: o papagaio-chauá, o balança-rabo-canela, a tiriba-grande, o sabiá pimenta. Entre os mamíferos ameaçados estão: o macaco‐de‐ bando ou macaco‐prego‐de‐cristas, o guigó, o bugio ou barbado, a Jaguatirica, o gato‐maracajá, o gato‐pequeno e a onça‐parda. Na área também já foram feitos registros visuais do gavião-real - conhecida também como harpia e destacam-se as presenças da anta, da cotia, paca, e tatus.




Sua flora é muito diversa - assim como toda nossa Mata Atlântica. Nos estudos realizados no PARNA do Pau‐Brasil foi observado um total de 633 espécies de plantas, sendo 71 endêmicas da Floresta Atlântica; 5 raras e 19 ameaçadas de extinção. Algumas espécies que se destacam na área do Parque são: a Juerana, o Paraju, a Braúna, a Sapucaia, o Pequi, a Inhaiba, o Aderno, a Gindiba, o Arapati e a Juçara, além – claro, do próprio Pau Brasil. Nas áreas onde o solo é arenoso ocorrem as mussunungas arbóreas e nessas áreas existem diversas bromélias e orquídeas.

Para saber mais consulte: Diagnostico-Resumido


Outro exemplo de aeronave
Modelo produzido na USP (SP)

Às Estrelas


The Most Astounding Fact
O Fato Mais Importante (Legendado)

PET



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Google Street View - Dados cartográficos

A gigante de couro pode atingir dois metros de comprimento e pesar até 750 kg.